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O general Walter Braga Netto, preso preventivamente no último sábado (14), enfrenta acusações graves relacionadas à tentativa de golpe de Estado no Brasil. De acordo com o relatório da Polícia Federal (PF), Braga Netto é apontado como peça central na trama golpista, que envolvia até mesmo o planejamento de assassinatos de autoridades, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
A PF atribui ao general quatro crimes: obstrução de justiça, associação criminosa, abolição do Estado Democrático de Direito e tentativa de depor o poder constituído por meio de violência ou grave ameaça. Somadas, as penas podem chegar a 41 anos de prisão. As investigações revelam também a criação de um "gabinete do golpe", que seria liderado por Braga Netto e o general Augusto Heleno, além de pressão sobre militares que não aderiram à intentona.
O relatório de mais de 800 páginas detalha a Operação 142, identificada em materiais apreendidos com o coronel Peregrino, assessor de Braga Netto. Segundo a PF, o plano previa ações para anular as eleições, prorrogar mandatos e substituir o TSE. O general teria utilizado a milícia digital para atacar militares contrários ao golpe, além de buscar informações sigilosas sobre a delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
Por ser general quatro estrelas, Braga Netto não está em cela comum, mas em uma acomodação especial com mordomias, como geladeira, ar-condicionado e banheiro privativo, na 1ª Divisão do Exército, no Rio de Janeiro. Caso seja condenado, perderá o direito à cela especial e deverá ser transferido para um presídio comum.
Com o avanço das investigações, o futuro do general se torna cada vez mais incerto. Sua prisão representa um marco na responsabilização dos envolvidos na tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e reforça o cerco judicial contra a cúpula golpista.
Com informações da Fórum
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