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O general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), pode ser o próximo alvo das investigações da Polícia Federal sobre a tentativa frustrada de golpe para impedir a posse do presidente Lula (PT). A prisão de Walter Braga Netto aumentou as tensões no Exército e colocou Heleno sob os holofotes, segundo informações do jornal O Globo.
Heleno, assim como Braga Netto, já foi indiciado no inquérito da PF e deve ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Os investigadores apontam que ele usou a estrutura do GSI para disseminar informações falsas sobre o sistema eleitoral, criando um clima de instabilidade política que buscava justificar uma intervenção militar. Documentos apreendidos na casa do general reforçam sua ligação com a trama, contendo diretrizes sobre ataques às urnas eletrônicas.
Em julho de 2022, durante uma reunião com Jair Bolsonaro e outros ministros, Heleno teria defendido explicitamente uma “virada de mesa” antes das eleições. As investigações também sugerem sua participação em um plano para infiltrar agentes da Abin em campanhas eleitorais, usando a agência para fins paralelos. Além disso, a PF identificou tentativas de instrumentalização da Advocacia-Geral da União (AGU) para inviabilizar ações judiciais.
Outro ponto grave revelado no inquérito foi a existência de um plano para instaurar um “Gabinete de Crise” após o assassinato do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Nesse cenário macabro, Heleno assumiria o comando com Braga Netto na coordenação geral, consolidando um novo regime militar.
Para completar o rol de acusações, Heleno ainda teria incentivado publicamente o ataque à credibilidade das urnas eletrônicas, alimentando desinformação e desestabilizando a democracia brasileira.
Com o avanço das investigações e novas provas em mãos da Polícia Federal, o destino do general Augusto Heleno parece seguir o mesmo caminho de Braga Netto. O Exército, por sua vez, acompanha com receio o impacto dessas prisões na imagem da instituição.
Com informações do DCM
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