15/12/2024 18:09

PF rastreia dinheiro de Braga Netto usado para plano golpista contra Lula

638 visitas - Fonte: PlantãoBrasil

A Polícia Federal intensifica as investigações sobre o rastro do dinheiro utilizado no plano golpista que envolvia o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Segundo a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, o general Walter Braga Netto foi o responsável por entregar os recursos para operacionalizar o esquema, chamado “Punhal Verde e Amarelo”.

Conforme relatado por Cid, o dinheiro foi levantado com apoio de empresários do agronegócio e entregue em uma sacola de vinho a um oficial do grupo golpista após uma reunião. O agronegócio já havia sido mencionado em investigações anteriores como financiador de atos antidemocráticos, incluindo bloqueios de rodovias após a vitória de Lula em 2022.

A PF descobriu que o grupo, composto por militares que utilizavam codinomes como “Alemanha” e “Argentina”, fazia uso de técnicas de anonimização para planejar ações violentas. Uma das compras identificadas foi a de um celular no valor de R$ 2,5 mil, adquirida em Goiânia com dinheiro em espécie. Também foram detectadas recargas telefônicas feitas no mesmo dia em uma drogaria de Brasília, sugerindo a comunicação frequente entre os conspiradores.

Mensagens interceptadas pela PF indicam que, em uma conversa com Mauro Cid, um dos envolvidos mencionou gastos estimados em R$ 100 mil para cobrir despesas de hotel, alimentação e materiais para a execução das ações. As investigações revelam que esses encontros eram coordenados na residência de Braga Netto, onde estratégias detalhadas para o golpe foram discutidas.

Na decisão que autorizou a prisão do general, o ministro Alexandre de Moraes destacou a gravidade das ações e o papel central de Braga Netto. “Há provas substanciais de que o investigado contribuiu de forma decisiva para o planejamento e financiamento de um golpe de Estado, que incluía possíveis execuções e atos terroristas contra as instituições democráticas e as autoridades eleitas em 2022”, escreveu Moraes.

Com informações do Brasil247

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