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A Polícia Federal (PF) apresentou um vídeo como uma das principais evidências para reforçar as acusações contra o general Walter Braga Netto, preso no sábado (14) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O material, gravado em frente ao Palácio da Alvorada em 18 de novembro de 2022, mostra o general conversando com manifestantes que pediam intervenção militar. Em determinado momento, Braga Netto evita a imprensa, mas dirige-se ao grupo pedindo “um tempo”, o que, segundo a PF, sugere um prazo para executar um plano golpista.
Segundo o relatório da PF, dias antes dessa gravação, Braga Netto teria participado de uma reunião em sua residência onde foram traçadas estratégias para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. O documento indica que o general aprovou diretrizes operacionais e discutiu ações que incluiriam monitorar e prender o ministro Alexandre de Moraes, além de mobilizar recursos para desestabilizar o processo eleitoral.
Entre as evidências está o documento chamado “Copa 2022”, supostamente elaborado como um guia para as ações golpistas. Nele, estariam descritas metas como monitoramento de autoridades e mobilização de recursos financeiros para impedir a posse de Lula. A PF interpreta o vídeo e os documentos como provas de que o general desempenhou papel central na tentativa de subverter a democracia.
Braga Netto, que foi vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, nega envolvimento em irregularidades, mas as evidências apresentadas fortalecem as suspeitas de que ele liderava articulações para desrespeitar o resultado das eleições. Sua prisão ocorre no contexto do avanço das investigações sobre figuras-chave do bolsonarismo que tentaram sabotar a transição democrática.
?? O vídeo que complica Braga Netto nas investigações da PF
— Metrópoles (@Metropoles) December 15, 2024
A Polícia Federal usou um diálogo de Braga Netto, registrado em vídeo, para reforçar a acusação de que o general teria atuado por um golpe
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