13/12/2024 15:25

Derrite minimiza violência policial e ignora abusos em São Paulo

358 visitas - Fonte: PlantãoBrasil

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, voltou a defender a Polícia Militar mesmo diante de uma onda de críticas sobre a crescente violência policial no estado. Em declarações nesta sexta-feira (13), ele afirmou que os policiais são os "únicos e verdadeiros promotores de Direitos Humanos", tentando desviar o foco dos graves casos de abuso registrados em sua gestão, como o de um homem jogado de uma ponte e a morte de um menino de 4 anos por bala perdida.

As palavras de Derrite, que busca blindar sua permanência no cargo, não convencem a sociedade civil e ativistas. "Infelizmente, uma parcela pequena da sociedade e de algumas instituições se incomodam com o êxito do bem contra o mal", disse o secretário, em um tom que tenta desqualificar as críticas às práticas abusivas da polícia. Ele ainda alegou que líderes devem garantir o cumprimento da lei, mas não apresentou medidas concretas para coibir os excessos.

Sob sua gestão, os casos de letalidade policial dispararam. Entre eles, destaca-se o episódio do homem jogado de uma ponte em Cidade Ademar, na capital, e a morte do menino na Baixada Santista, que geraram revolta e pressão pela saída de Derrite. Especialistas denunciam que a alta violência é reflexo de uma política de segurança pública que prioriza a repressão sem mecanismos de controle ou responsabilização.

A Operação Verão, realizada pela PM na Baixada Santista no início de 2024, foi outro exemplo da escalada de abusos, com altos índices de letalidade e denúncias de violações de direitos humanos. Mesmo assim, Derrite insiste em elogiar as ações policiais e em desconsiderar os pedidos por mudanças. “Garanto que muitos avanços irão ocorrer ainda durante a gestão do governador Tarcísio de Freitas”, afirmou, ignorando a crescente insatisfação popular.

A postura do secretário e do governo de Tarcísio de Freitas tem gerado críticas de organizações de direitos humanos, que apontam o desmonte das políticas de controle da letalidade policial e a falta de transparência nas investigações de abusos. Derrite, no entanto, segue blindando uma estrutura que privilegia o uso desproporcional da força, em detrimento da segurança e da justiça para a população.

Com informações do Metrópoles

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