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As investigações originadas pela CPI da Covid, que apuram irregularidades na compra da vacina Covaxin durante o governo Bolsonaro, foram encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e aguardam manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Os autos, sob segredo de Justiça, estão sob relatoria do ministro Kassio Nunes Marques. A apuração envolve suspeitas de peculato e fraude em licitação, com foco na atuação da empresa Precisa Medicamentos, intermediária do contrato com a farmacêutica indiana Bharat Biotech.
Entre os principais investigados está Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, acusado de falsificar uma procuração da Bharat Biotech para atuar como sua representante no Brasil. Além disso, há indícios de fraudes na garantia apresentada pela Precisa, que teria sido emitida pela empresa FIB Bank. A Bharat Biotech não é alvo das investigações, mas os indícios reforçam as denúncias de irregularidades na gestão bolsonarista.
As investigações foram enviadas ao STF devido à possível conexão com processos envolvendo Ricardo Barros (PP-PR), ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara. O deputado é acusado de envolvimento no esquema, mas sua assessoria alega que as acusações foram arquivadas pelo STF em 2023, a pedido da própria PGR. Apesar disso, novos desdobramentos podem surgir a partir da análise do caso pela Procuradoria.
O juiz Marcelo Gentil Monteiro, da 12ª Vara Federal do Distrito Federal, determinou o envio dos autos ao STF, declarando-se incompetente para julgar o caso, dado o envolvimento de um parlamentar com foro privilegiado. Em outubro, o ministro Kassio Nunes Marques repassou as investigações à PGR, que segue analisando os documentos sob sigilo.
A compra da Covaxin foi um dos pontos mais polêmicos levantados pela CPI da Covid, evidenciando práticas obscuras na gestão de Jair Bolsonaro. A falta de transparência, as suspeitas de corrupção e o impacto na saúde pública continuam sendo investigados para responsabilizar os envolvidos.
Com informações do Brasil247
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