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Após 11 dias de julgamento, a Justiça Federal de Sergipe condenou neste sábado (7) os três ex-agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus Santos, um caso que chocou o Brasil e expôs a brutalidade policial. O crime ocorreu em maio de 2022, na cidade de Umbaúba, Sergipe.
Paulo Rodolpho Lima Nascimento recebeu a pena de 28 anos por homicídio triplamente qualificado. Já Kléber Nascimento Freitas e William de Barros Noia foram condenados a 23 anos, um mês e nove dias por tortura seguida de morte. A vítima foi submetida a uma "câmara de gás improvisada" no porta-malas de uma viatura da PRF, após ser abordada por trafegar sem capacete.
Durante o julgamento, a defesa tentou desacreditar os laudos periciais e minimizou as ações dos agentes, afirmando que seguiram "protocolos operacionais". Um dos advogados chegou a simular o uso de gás lacrimogêneo em um veículo similar para sustentar que o método não seria letal.
A família de Genivaldo buscou justiça em meio à dor. Sua mãe, Maria Vicente de Jesus, desabafou: “Nós morremos junto com Genivaldo. Não aceito desculpas, quero justiça”. O sobrinho da vítima, que presenciou o crime, relembrou o trauma vivido: “O mais difícil é ver meu sobrinho desenhar o pai morando no céu”.
Genivaldo tinha 38 anos, era esquizofrênico e deixou um filho de sete anos. Sua morte, causada pela inalação de gás tóxico, ocorreu após 11 minutos de exposição. A sentença marca uma vitória para os direitos humanos e reforça o clamor por justiça contra a violência policial no Brasil.
Com informações da Folha de S. Paulo
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