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A China anunciou a isenção total de tarifas de importação para produtos originados de países menos desenvolvidos (PMDs), a partir de 1º de dezembro de 2024. A medida, apresentada por Xi Jinping durante a Cúpula de Pequim do Fórum de Cooperação China-África, beneficiará mais de 30 países africanos, além de outras nações da Ásia, Oceania e América Latina, como o Haiti.
O tratamento preferencial inclui 100% dos produtos desses países, aprofundando a parceria comercial entre a China e a África, além de promover a modernização agrícola e a exportação de produtos agrícolas para o mercado chinês. Xi destacou a iniciativa como um marco global, colocando a China como o primeiro grande país em desenvolvimento a adotar essa postura.
A isenção é acompanhada de um pacote de apoio financeiro de 360 bilhões de yuans, incluindo investimentos em infraestrutura, agricultura, saúde e energia limpa. Além disso, a China também financiará projetos para treinamento de líderes, criação de zonas industriais e promoção de tecnologias digitais, reforçando seu compromisso com o desenvolvimento do Sul Global.
Enquanto isso, países como os Estados Unidos adotam abordagens mais condicionadas para o apoio à África, vinculando investimentos a critérios políticos e de governança. Recentemente, Donald Trump ameaçou aumentar tarifas sobre produtos do BRICS, incluindo os do Brasil, e sinalizou um retorno a políticas protecionistas em seu próximo mandato.
Especialistas africanos elogiaram a abertura do mercado chinês, mas expressaram preocupações sobre as limitações estruturais das economias africanas em atender à alta demanda chinesa. A narrativa chinesa, no entanto, tem forte apelo entre países africanos, que buscam alternativas às políticas ocidentais tradicionalmente vinculadas a imposições ideológicas.
A relação África-China se diferencia pela ênfase no pragmatismo e no desenvolvimento econômico imediato, enquanto os Estados Unidos priorizam segurança e valores políticos. A competição por influência no continente reflete a crescente importância estratégica da África na geopolítica global.
Com informações da Fórum
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