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A Volkswagen está sendo processada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) sob acusações de trabalho escravo, tráfico de pessoas e violações de direitos humanos em sua fazenda Vale do Rio Cristalino, no Pará, durante as décadas de 1970 e 1980. O MPT pede indenização de R$ 165 milhões.
Entre 1974 e 1986, trabalhadores, muitos deles jovens e adolescentes, foram recrutados sob falsas promessas em pequenos municípios de Mato Grosso, Goiás e Tocantins. Transportados em condições degradantes, eles eram submetidos a trabalho forçado, sem direitos básicos, em meio a desmatamento e queimadas conduzidas pela subsidiária da montadora.
Na fazenda de mais de 139 mil hectares, os trabalhadores viviam em moradias improvisadas, compradas com seus próprios recursos, e enfrentavam jornadas extenuantes, violência física e vigilância armada. Relatos apontam abuso de "gatos" (empreiteiros) que os recrutavam e sujeitavam a condições insalubres, fome e doenças como malária.
O processo também denuncia frequentes acidentes de trabalho, falta de saneamento e exposições a animais selvagens. O MPT exige que a Volkswagen reconheça as violações, peça desculpas públicas e pague a indenização, com os valores revertidos ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) ou a entidades sociais.
A montadora negou as acusações, rejeitando as declarações feitas pelo MPT e afirmando seu compromisso com responsabilidade social. No entanto, sua retirada das negociações em 2023 resultou na continuidade da ação judicial. A empresa ainda não foi notificada oficialmente sobre o caso.
Com informações do DCM
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