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O Mercosul e a União Europeia anunciaram oficialmente, nesta sexta-feira (6), em Montevidéu, Uruguai, um histórico acordo de livre comércio após anos de negociações. O acordo prevê a redução ou eliminação de tarifas comerciais entre os blocos, com potencial de impactar setores como agricultura, indústria e serviços. Apesar do anúncio, o texto ainda passará por revisão jurídica, tradução e aprovação pelos parlamentos dos países envolvidos.
As negociações começaram em 1999 e tiveram um marco inicial em 2019, mas ficaram paralisadas devido a exigências europeias e resistência de países como a França, que teme impacto negativo para seus agricultores. O presidente francês, Emmanuel Macron, continua crítico ao acordo, afirmando que ele não atende às políticas ambientais e agrícolas necessárias. Do lado sul-americano, há preocupações com a concorrência em setores industriais e químicos.
O presidente Lula celebrou o avanço, destacando a importância da integração internacional e dos benefícios econômicos para o Brasil. Segundo o Ipea, o acordo pode aumentar o PIB brasileiro em 0,46% até 2040 e trazer ganhos de mais de US$ 11,6 bilhões nas exportações. Além disso, prevê maior acesso ao mercado europeu, famoso por pagar preços premium, especialmente para produtos agrícolas.
Por outro lado, especialistas apontam que a indústria brasileira precisará se adaptar à concorrência europeia. Com altos custos logísticos e necessidade de modernização, setores como o automobilístico podem enfrentar desafios. Mesmo assim, o acordo é visto como uma oportunidade para o Brasil aumentar sua competitividade global.
Os próximos passos incluem a revisão do texto, tradução para os idiomas dos blocos e aprovação pelos parlamentos. No Mercosul, cada país analisará individualmente o acordo, enquanto na União Europeia será necessária a aprovação por 55% dos países que representem pelo menos 65% da população do bloco. A França, que lidera a oposição ao tratado, poderá tentar formar uma aliança para barrar o avanço.
O governo brasileiro avalia que o acordo trará ganhos significativos para o país, destacando a importância de um mercado europeu mais acessível. A aprovação interna será o maior desafio, mas o anúncio marca um passo importante na integração comercial entre os dois blocos.
Com informações do G1
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