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O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, anunciou que entrará com uma representação contra o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) após ter sido chamado de "prevaricador" durante uma audiência na Câmara dos Deputados. A ação busca investigar se o parlamentar cometeu crime contra a honra de Rodrigues.
A polêmica ocorreu na terça-feira (3), durante a Comissão de Segurança Pública, onde o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, discutia ações de sua pasta. Van Hattem aproveitou a ocasião para questionar seu indiciamento anterior pela PF, acusado de calúnia e difamação, após críticas ao delegado Fábio Alvarez Shor, que conduz investigações contra Jair Bolsonaro e aliados.
O deputado alegou que a imunidade parlamentar o protege de ser indiciado por discursos feitos em plenário. Na audiência, ele desafiou Rodrigues a prendê-lo em flagrante. “Se há entendimento de que estou cometendo crime contra a honra, por que o diretor-geral da PF não me prende agora? Estamos diante de um prevaricador”, provocou.
Lewandowski reagiu com firmeza, exigindo que as ofensas fossem registradas oficialmente nas notas taquigráficas. O ministro argumentou que a imunidade parlamentar não é absoluta e destacou a gravidade das declarações de Van Hattem contra a PF e seu diretor.
Rodrigues afirmou que tomará todas as medidas necessárias para proteger a instituição e sua própria honra, destacando que a imunidade parlamentar não pode ser usada como escudo para ofensas ou ataques. O caso agora será analisado pela Justiça, podendo resultar em mais uma ação contra o parlamentar.
Assista ao vídeo:
?? O deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS) desafiou o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, a prendê-lo durante audiência na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (2/12). A declaração aconteceu durante prestação de esclarecimentos do ministro da… pic.twitter.com/wjAEAFBsQ1
— Metrópoles (@Metropoles) December 3, 2024