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Em depoimento à Polícia Federal, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e delator, revelou que o ex-presidente recebeu, leu e alterou o esboço de um decreto golpista no Palácio da Alvorada. Segundo Cid, Bolsonaro manteve a previsão de prisão do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à época, e a convocação de novas eleições sob alegação de fraude eleitoral.
O documento, apresentado a Bolsonaro por Filipe Martins, ex-assessor especial da Presidência, também incluía, inicialmente, a prisão de outras autoridades, como o ministro Gilmar Mendes e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Essas figuras foram identificadas como opositores ideológicos do então presidente. O ex-presidente teria pedido ajustes no texto, que foi reapresentado em reuniões posteriores.
Cid afirmou que o decreto continha páginas de justificativas que acusavam interferências do Judiciário sobre o Executivo e concluía com ordens que "prendiam todo mundo". Ele também revelou que Bolsonaro apresentou parte do documento aos comandantes das Forças Armadas em dezembro de 2022, omitindo a ordem de prisão de Moraes, na tentativa de avaliar a reação dos militares ao plano golpista.
No dia 9 de dezembro, Bolsonaro teria convocado uma nova reunião, desta vez com o general Teóphilo, chefe das Forças Terrestres, para discutir o documento novamente. Segundo Cid, Filipe Martins estava presente e explicou ponto a ponto o conteúdo do decreto. O objetivo do ex-presidente era pressionar as Forças Armadas sobre o que pensavam da "conjuntura", sugerindo apoio ao golpe.
Essas informações são parte de uma série de revelações feitas por Mauro Cid, que continua colaborando com as investigações da Polícia Federal. Cid deverá prestar mais um depoimento em Brasília, nesta quinta-feira (5), para esclarecer pontos contraditórios e omissões em seus relatos anteriores.
Com informações do DCM
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