364 visitas - Fonte: Plantão Brasil/ Youtub
Em meio à pior crise de segurança pública de sua gestão, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou que pretende não apenas manter, mas ampliar o uso de câmeras corporais na Polícia Militar. O bolsonarista, que já criticou o equipamento no passado, admitiu estar “completamente errado” sobre o tema e agora o defende como uma ferramenta essencial para proteger tanto a sociedade quanto os próprios policiais.
A mudança no discurso ocorre enquanto São Paulo enfrenta uma explosão de violência policial. Somente entre janeiro e novembro de 2024, foram registradas 702 mortes causadas por policiais, um aumento de 98% em relação ao mesmo período de 2022, quando o estado era governado por João Dória. A escalada de violência inclui casos brutais que chocaram o país, como o de um soldado filmado jogando um homem de uma ponte na zona sul da capital e o assassinato de um estudante de medicina baleado à queima-roupa.
Tarcísio afirmou que, além da ampliação das câmeras, toda a tropa será submetida a um programa de reciclagem. “Vamos repassar os treinamentos, publicizar os procedimentos e garantir que sejam seguidos por todos”, declarou. Ele também reconheceu que há problemas graves de conduta na corporação e enfatizou que o combate ao crime não pode servir de justificativa para o descumprimento das normas.
Atualmente, os equipamentos usados pela PM paulista gravam automaticamente, mas o governo estuda alternativas que permitam ativação manual. A proposta levanta dúvidas entre especialistas, que temem que isso reduza a transparência em abordagens policiais.
Sob a gestão de Tarcísio, os abusos da Polícia Militar têm sido alvo de duras críticas da sociedade civil e de entidades de direitos humanos. O governador tem buscado mitigar os danos de sua administração, marcada por retrocessos na segurança pública. Mesmo admitindo erros, sua gestão reflete a continuidade da política autoritária e violenta característica do bolsonarismo.
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