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O general Valério Stumpf Trindade, peça-chave na resistência contra uma tentativa de golpe de Estado no Brasil, quebrou o silêncio sobre os ataques que sofreu de militares e civis golpistas. Stumpf, então chefe do Estado-Maior do Exército, afirmou que todas as suas ações foram realizadas em alinhamento com o Alto-Comando do Exército e o comandante à época, general Freire Gomes.
Stumpf revelou que, antes da posse de Lula (PT), enfrentou ameaças e campanhas difamatórias, inclusive envolvendo sua família. Publicações com fotos suas e de seus parentes circulavam nas redes sociais, e sua filha chegou a ouvir que ele seria um “traidor da Pátria”. Após a transição de governo, passou a ser acusado de permitir a continuidade democrática.
Ataques e acusações infundadas Entre as acusações, Stumpf foi chamado de “informante” de Alexandre de Moraes, devido ao contato institucional com o TSE enquanto presidido pelo ministro. “Minha interlocução era com a Secretaria-Geral do TSE para reforçar a segurança e transparência das urnas. Alimentaram narrativas falsas para me desmoralizar”, afirmou.
Stumpf destacou que medidas propostas por ele, como o teste de integridade com biometria, foram implementadas pelo TSE com o objetivo de fortalecer a credibilidade das urnas e preservar a democracia.
Campanhas de difamação O general também foi alvo de mensagens em grupos de WhatsApp, onde o coronel Bernardo Romão Corrêa Netto divulgou imagens de Stumpf e outros generais que se opuseram ao golpe, incentivando a desmoralização. Em uma das mensagens, Corrêa Netto sugeria até prisão ou exoneração dos generais.
A Polícia Federal concluiu que esses ataques faziam parte de um esforço maior para articular o golpe de Estado, que resultou no indiciamento de Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe e organização criminosa.
Consciência tranquila Agora na reserva, Stumpf afirmou ter orgulho de sua atuação e reafirmou sua lealdade ao Exército. “Defendi a democracia em tempos complexos. Tenho orgulho de ter agido de forma leal ao comandante do Exército e ao Exército Brasileiro”, concluiu.
Com informações do DCM
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