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A estratégia de Jair Bolsonaro (PL) para se livrar das acusações no caso do golpe de Estado em 2022 implodiu o consenso entre os advogados dos 37 indiciados pela Polícia Federal. A nova linha de defesa, divulgada pelo advogado Paulo Amador Cunha Bueno, tenta responsabilizar a cúpula militar, incluindo os generais Augusto Heleno, Walter Braga Netto e Mario Fernandes, como articuladores do plano.
Em entrevista à GloboNews, Cunha Bueno apresentou a tese do "golpe dentro do golpe", afirmando que Bolsonaro não seria beneficiado pela formação do gabinete militar após o golpe. Segundo ele, o plano "Punhal Verde e Amarelo" previa que uma junta militar assumiria o poder, excluindo Bolsonaro.
A declaração gerou uma ruptura entre Bolsonaro e os militares, especialmente Heleno e Braga Netto, e irritou advogados dos indiciados, que acusaram Cunha Bueno de agir como “promotor”. Marcus Vinícius, advogado do general Fernandes, chamou a postura de "irresponsável", agravando o clima de tensão.
A Polícia Federal trabalha com a tese de que Bolsonaro teria sido um "fantoche" do Partido Militar Brasileiro (PMB), um grupo de militares com raízes em ideais da ditadura. Documentos apreendidos na casa de Mario Fernandes reforçam essa hipótese, indicando planos que incluíam a formação de um gabinete militar e ações drásticas contra Lula e outras autoridades.
O clima de desconfiança entre Bolsonaro e os militares cresce, enquanto se discute a possibilidade de delações premiadas por parte de indiciados. Fontes afirmam que a lealdade dos militares às Forças Armadas é maior do que ao ex-presidente, e a nova estratégia de defesa pode empurrar Bolsonaro para uma posição ainda mais isolada.
Com informações da Fórum
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