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A estratégia de Jair Bolsonaro (PL) para se distanciar da tentativa de golpe de Estado e transferir a responsabilidade para os militares tem gerado críticas dentro das Forças Armadas e pode complicar ainda mais sua situação jurídica. Fontes militares apontam que o ex-presidente está "rifando os militares" para tentar se desvincular dos planos golpistas.
O advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, afirmou recentemente que o ex-presidente não se beneficiaria do golpe, já que o plano previa a formação de uma junta militar liderada por generais como Braga Netto e Augusto Heleno. No entanto, militares indiciados pela Polícia Federal rejeitam essa versão, argumentando que Bolsonaro seria o principal beneficiário que a junta militar estaria a serviço de sua continuidade no poder.
Fontes próximas à investigação apontam que a estratégia defensiva de Bolsonaro pode ter um efeito reverso, incentivando militares envolvidos a firmarem acordos de delação premiada para protegerem a si. Essa possibilidade ganha força diante da robusta evidência material coletada pela Polícia Federal, que detalha o envolvimento de diversas figuras, incluindo generais que teriam colocado tropas à disposição do golpe.
A Procuradoria-Geral da República (PGR), que analisa o inquérito da PF, ainda não apresentou denúncia formal, mas os militares indiciados, como os generais Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira e Mário Fernandes, são considerados peças-chave para o esclarecimento da trama.
Especialistas avaliam que, ao adotar uma postura de negação e transferir a culpa, Bolsonaro pode estar agravando sua situação jurídica e política, já que a possível colaboração de militares delatores pode expor ainda mais seu envolvimento na tentativa de golpe.
Com informações do g1
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