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A Polícia Federal apontou o dia 15 de dezembro de 2022 como o momento crucial no planejamento de uma tentativa de golpe de Estado liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Citada 90 vezes no relatório de 884 páginas, essa data expõe encontros estratégicos, monitoramento de autoridades e articulações para um decreto de ruptura institucional, que não se concretizou devido à resistência de parte do Alto Comando do Exército.
Naquele dia, enquanto a PF realizava uma operação contra atos antidemocráticos, Jair Bolsonaro manteve reuniões no Palácio da Alvorada com figuras-chave, como o general Braga Netto e o senador Flávio Bolsonaro. O então comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, esteve no local, mas rejeitou qualquer apoio ao plano golpista. A negativa foi decisiva para frustrar as articulações.
Mensagens obtidas pela PF mostram a tensão dos envolvidos. Em um áudio, o general Mario Fernandes sugeria que Freire Gomes poderia apoiar o plano, mas, após sua recusa, aliados de Bolsonaro passaram a atacá-lo. Paralelamente, grupos militares monitoravam o ministro Alexandre de Moraes, com planos que incluíam sequestro e até assassinato, conforme revelaram os investigadores.
Documentos apreendidos pela PF detalham o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que incluía ações extremas como o envenenamento do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e do vice Geraldo Alckmin. O objetivo era criar um ambiente de crise que justificasse a continuidade do governo Bolsonaro.
As investigações concluíram que a resistência do Alto Comando do Exército, liderado por Freire Gomes, foi fundamental para impedir a execução do plano. Até o momento, 37 pessoas foram indiciadas, incluindo militares e aliados próximos de Bolsonaro, que nega as acusações.
Com informações do DCM
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