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As investigações da Polícia Federal apontaram que, em 2021, durante o governo Jair Bolsonaro, o Ministério da Ciência e Tecnologia destinou R$ 7,7 mil de recursos públicos para financiar duas viagens urgentes do engenheiro Carlos Rocha a Brasília. O objetivo era apresentar alegações infundadas sobre a suposta vulnerabilidade das urnas eletrônicas, utilizadas como base para ataques contra o sistema eleitoral brasileiro. As viagens ocorreram em 23 e 30 de julho, conforme registros divulgados pelo G1.
Carlos Rocha, fundador do Instituto Voto Legal, participou de reuniões no Palácio do Planalto com Bolsonaro, o então ministro Marcos Pontes e o general Augusto Heleno. As viagens coincidiram com a preparação de uma live realizada em 29 de julho, na qual Bolsonaro fez ataques infundados ao sistema eleitoral, utilizando material produzido com orientações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A Polícia Federal destacou que a estratégia tinha o objetivo de disseminar desinformação e alimentar discursos golpistas.
Embora Marcos Pontes não tenha sido indiciado, ele foi citado no inquérito como responsável por apresentar Carlos Rocha ao presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto. O PL contratou Rocha por R$ 1 milhão para elaborar um relatório alegando, sem provas, fraudes no segundo turno das eleições de 2022. A PF concluiu que Rocha tinha ciência de que não havia irregularidades, mas produziu o relatório para embasar narrativas golpistas e incitar a população contra o resultado eleitoral.
Carlos Rocha foi indiciado por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do estado democrático de direito e organização criminosa. Jair Bolsonaro, Valdemar da Costa Neto e Augusto Heleno também estão entre os 37 indiciados no inquérito que expôs as ações antidemocráticas do governo Bolsonaro.
A investigação revelou o uso sistemático de recursos públicos para promover desinformação, um elemento central no plano golpista. Além disso, trouxe novos questionamentos sobre o papel de figuras-chave do governo Bolsonaro na articulação de narrativas que atentaram contra a democracia brasileira.
Com informações do DCM
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