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A Procuradoria-Geral da República (PGR) iniciou a análise do relatório da Polícia Federal que indiciou Jair Bolsonaro e outros 36 investigados por participação em um plano golpista. Entre os crimes apurados estão tentativa de golpe de Estado, organização criminosa e abolição do Estado Democrático de Direito. O inquérito, enviado pelo STF há seis dias, será base para possíveis denúncias.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, destacou em Lisboa a complexidade do caso e afirmou que o estudo será detalhado. "A resposta virá apenas em 2025", disse ele. A gravidade do inquérito, que inclui ex-ministros e militares próximos ao ex-presidente, reforça a importância da análise cuidadosa.
Além do inquérito sobre o golpe, Bolsonaro também enfrenta investigações por fraude em cartões de vacinação e no escândalo das joias sauditas. Esses casos somam uma pena máxima estimada em até 70 anos de prisão, caso o ex-presidente seja condenado.
Especialistas apontam que o inquérito sobre o golpe de Estado é o mais grave enfrentado por Bolsonaro. Ele é acusado de liderar pessoalmente as articulações para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice Geraldo Alckmin, incluindo possíveis ações violentas.
A análise da PGR definirá se Bolsonaro será formalmente denunciado, marcando um momento crucial para a Justiça brasileira. A decisão também terá impacto significativo no combate às ameaças à democracia e no futuro político do ex-presidente, já inelegível até 2030.
Com informações do Brasil 247
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