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A estratégia da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, que adota a tese do "golpe do golpe" para desvinculá-lo da trama golpista, está gerando desconforto entre outros advogados envolvidos no caso. Jeffrey Chiquini, defensor do tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, conhecido como "Kid Preto", criticou essa abordagem e afirmou que ela pode prejudicar os demais investigados.
Em entrevista ao UOL News, Chiquini ressaltou que sua defesa é exclusivamente focada em seu cliente. "Não tenho proximidade com Bolsonaro nem com seu advogado. Não me comunico com outras defesas ou investigados para evitar qualquer antiética. Defendo uma única pessoa", afirmou.
O advogado sugeriu que a estratégia de Bolsonaro pode gerar "interpretações prejudiciais" e levantou a hipótese de uma possível tentativa de desviar o foco da investigação, criminalizando as Forças Armadas. No entanto, ele acredita que, se houve planejamento golpista, foi realizado por "grupos isolados, sem apoio institucional".
Chiquini também negou o envolvimento de Rodrigo Azevedo no plano conhecido como "Punhal Verde e Amarelo", cujo objetivo era impedir a posse do presidente Lula e de outras autoridades. Segundo ele, as acusações contra seu cliente são infundadas e baseadas apenas no uso de um celular. "O celular atribuído ao meu cliente foi ativado em Minas Gerais no dia 8 de janeiro, enquanto ele estava em serviço em Goiânia, o que está documentado", explicou.
Rodrigo Azevedo foi preso pela Polícia Federal no Rio de Janeiro sob suspeita de integrar o plano golpista ao lado de outros militares e agentes, incluindo o general da reserva Mario Fernandes. O suposto plano visava restringir o livre exercício da democracia e do Poder Judiciário.
A defesa de Azevedo insiste que ele está sendo injustamente vinculado à trama e que as acusações carecem de fundamentos sólidos.
Com informações do UOL
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