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O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a admitir que discutiu com comandantes das Forças Armadas a possibilidade de decretar estado de sítio, estado de defesa e o uso do artigo 142 da Constituição como justificativa para ações militares. A declaração foi feita ao programa Oeste sem filtro, da Revista Oeste, e reforçou as evidências de seu envolvimento em uma trama golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Bolsonaro, que já é indiciado pela Polícia Federal por articular um golpe de Estado, tentou minimizar as acusações alegando que as discussões estavam "dentro dos limites constitucionais". "Golpe usando a Constituição? O que está dentro da Constituição você pode utilizar", afirmou, em uma tentativa de normalizar os diálogos revelados por ex-comandantes das Forças Armadas.
Além disso, Bolsonaro defendeu a aprovação de uma anistia ampla para "pacificar" o país. Ele sugeriu que uma declaração do presidente Lula ou do ministro do STF, Alexandre de Moraes, seria suficiente para resolver as tensões políticas. "Se tivesse uma palavra do Lula ou do Moraes sobre anistia, estava tudo resolvido", disse, ignorando a gravidade dos ataques à democracia promovidos por seus aliados.
Bolsonaro também relembrou o episódio em que buscou refúgio na embaixada da Hungria após ter o passaporte apreendido, alegando que foi apenas para "conversar". Recentemente, ele admitiu ao portal UOL que pode recorrer novamente a embaixadas estrangeiras caso tenha sua prisão decretada.
Por fim, o ex-presidente criticou o que chamou de "desequilíbrio" entre os poderes, atacando a maioria governista no Senado e destacando a necessidade de aumentar a bancada bolsonarista nas próximas eleições. Ele orientou aliados a elogiar Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, após este ter defendido parlamentares bolsonaristas indiciados pela PF.
Com informações do Brasil247
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