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O relatório da Polícia Federal sobre o inquérito da tentativa de golpe intensificou a pressão no Congresso para o arquivamento do PL da Anistia, que visa perdoar golpistas envolvidos em atos antidemocráticos. Lideranças de partidos como PSD, MDB e União Brasil já indicaram que não há clima para avançar com a proposta, que pode ficar travada até 2025.
No Senado, o PSD, maior bancada da Casa e partido do presidente Rodrigo Pacheco, manifestou posição contrária à anistia. O líder Omar Aziz reforçou que os atos golpistas "não foram isolados" e tiveram planejamento. "Se não fossem os comandantes do Exército e da Aeronáutica, poderíamos estar em uma situação terrível", afirmou. A bancada do MDB também pressiona para que Davi Alcolumbre assuma um compromisso público contra pedidos de anistia.
Na Câmara, a tramitação da proposta perdeu força desde que foi transferida para uma comissão especial, em uma manobra de Arthur Lira (PP-AL) para evitar que o projeto passasse pela CCJ, presidida pela bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC). Petistas pressionam Hugo Motta (Republicanos-PB), indicado para presidir o colegiado, a não instalar a comissão.
Integrantes do União Brasil, como o líder Elmar Nascimento, que antes apoiavam a proposta, agora adotam postura neutra. Rodrigo Valadares (União-SE), relator do projeto na CCJ, reconheceu a falta de entusiasmo entre os partidos para discutir o tema. "Não diria que ele mudou de posição, mas que está neutro. Até porque não está nas mãos dele o assunto", disse.
Com informações do jornal O Globo
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