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Um inquérito da Polícia Federal revelou que os comandantes das Forças Armadas participaram de 14 reuniões com Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada, em Brasília, após a derrota do ex-presidente nas eleições de 2022. A informação, detalha que Bolsonaro discutiu em pelo menos quatro encontros ideias golpistas, como decretar Estado de Defesa, Estado de Sítio e ações de Garantia da Lei e da Ordem.
Os registros mostram que em quatro das reuniões estavam presentes os três comandantes. Em cinco ocasiões, dois deles compareceram, enquanto nas outras cinco apenas um participou. O general Freire Gomes, do Exército, esteve presente 12 vezes; o almirante Almir Garnier, da Marinha, participou de oito encontros; e o brigadeiro Baptista Júnior, da Aeronáutica, esteve no Alvorada em cinco ocasiões.
Esses encontros, realizados após a derrota de Bolsonaro, reforçam as suspeitas de envolvimento de lideranças militares em discussões que visavam minar a democracia brasileira. As investigações apontam que tais articulações tinham como objetivo criar justificativas para interromper o mandato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
A proximidade entre Bolsonaro e os comandantes evidencia a tentativa de utilizar as Forças Armadas como ferramenta política, um movimento que colocou em risco o sistema democrático. A PF segue aprofundando as investigações para identificar todos os responsáveis e expor os detalhes das articulações golpistas.
Com informações do jornal O Globo
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