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Fábio Wajngarten, ex-advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou de maneira veemente em sua conta do X, antigo Twitter, na noite desta terça-feira (26), que seu ex-cliente não teve participação alguma na tentativa malograda de golpe do qual é acusado pela Polícia Federal (PF). “Não planejou NADA, não atuou NADA, muito menos DOMINOU a qualquer ação associada ao tal golpe”, diz Wajngarten.
Segundo ele, “Presidente, após as eleições, estava com um processo infeccioso severo, tomava vários antibióticos, recebia poucas pessoas além do ‘baixo astral’ causado pelo momento político”. “Optou por sair do Brasil na véspera do ano novo. No 8/1 estava internado com desconforto intestinal em Orlando. Isso acima descrito são fatos, o resto é tentativa criativa de escrever uma história MENTIROSA para estigmatizar um grupo político que é MAJORITÁRIO no Brasil.”
O relatório final da PF, encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) propondo o indiciamento de Bolsonaro e de outras 37 pessoas, traz com detalhes o envolvimento do ex-presidente na trama golpista. A investigação da PF é taxativa no documento. "Os elementos de prova obtidos ao longo da investigação demonstram de forma inequívoca que o então presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um Golpe de Estado e da Abolição do Estado Democrático de Direito, fato que não se consumou em razão de circunstâncias alheias à sua vontade", diz trecho do relatório, sendo preservada aqui a grafia original.
O arcabouço probatório colhido pelos investigadores demonstra que o grupo investigado e liderado por Bolsonaro "criou, desenvolveu e disseminou a narrativa falsa da existência de vulnerabilidade e fraude no sistema eletrônico de votação do País desde o ano de 2019". O objetivo seria sedimentar na população a falsa realidade de fraude eleitoral para que dois objetivos fossem alcançados posteriormente: "primeiro, não ser interpretada como um possível ato casuístico em caso de derrota eleitoral e, segundo e mais relevante, ser utilizada como fundamento para os atos que se sucederam após a derrota do então candidato".
Com informações da Fórum
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