23/11/2024 18:06

Em live, Bolsonaro minimiza plano golpista e chama investigações de "piada"

370 visitas - Fonte: PlantãoBrasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro, cada vez mais acuado pelas investigações da Polícia Federal (PF), usou uma live neste sábado (23) para ironizar e atacar o inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Na transmissão feita pelo perfil de Gilson Machado, ex-ministro do Turismo, Bolsonaro desdenhou das acusações, classificando o trabalho da PF como uma "busca por chifre em cabeça de cavalo", enquanto minimizava a gravidade dos crimes investigados.

Com tom debochado, Bolsonaro afirmou: “Golpe agora não se dá mais com tanque, se dá com táxi. Parece que o sequestro não saiu porque não tinha táxi na hora. É uma piada essa PF do Alexandre de Moraes”. A declaração ocorre em um momento crítico, após a prisão de militares e aliados próximos, reforçando as evidências de um esquema golpista envolvendo até mesmo discussões sobre assassinatos de autoridades.

Apesar das acusações robustas, incluindo o plano batizado de "Punhal verde-amarelo", que previa o assassinato de Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, Bolsonaro tentou desviar o foco, alegando que não há respaldo legal para as prisões preventivas dos envolvidos. “Esses que estão sendo presos injustamente agora não encontram um só respaldo na lei que autorize essas prisões”, afirmou, em defesa dos militares presos.

As investigações da PF, no entanto, indicam o contrário. Documentos comprovam que o plano golpista foi articulado no Palácio do Planalto, com participação direta de aliados de Bolsonaro, incluindo o general da reserva Mário Fernandes, que imprimiu seis cópias do plano em dezembro de 2022. A PF aponta que os “Kids pretos”, militares das Forças Especiais, desempenharam papel central no planejamento das ações criminosas.

Bolsonaro, enquanto tenta se afastar das acusações, segue com retórica inflamada, agora se referindo ao inquérito como uma "piada". A postura, no entanto, evidencia uma estratégia para mobilizar sua base e descredibilizar o trabalho das instituições que investigam os crimes cometidos durante e após seu governo.

Com informações do Brasil247

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