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O general da reserva e ex-ministro Walter Braga Netto, indiciado pela Polícia Federal (PF) como uma das figuras centrais de um plano golpista para impedir a posse de Lula em 2023, negou neste sábado (23) qualquer envolvimento nas conspirações reveladas. Mesmo diante de evidências de reuniões que incluíam a possibilidade de assassinatos de Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, Braga Netto classificou as acusações como “absurdas” e tentou minimizar sua gravidade.
O inquérito da PF aponta que Braga Netto foi anfitrião de uma reunião em novembro de 2022, onde foram apresentados detalhes da “Operação Copa 2022” e da “Operação Punhal Verde e Amarelo”. Os planos incluíam não apenas monitorar autoridades, mas também sequestrar e assassinar figuras-chave do governo e do Judiciário. Mesmo assim, o general alegou que “nunca se tratou de golpe” e negou qualquer intenção criminosa.
A defesa de Braga Netto insistiu em tachar as investigações como “fantasiosas”, embora mensagens obtidas nos celulares de envolvidos, como Mauro Cid, indiquem que o general desempenhou um papel ativo nas articulações. O inquérito também revela que Braga Netto assumiria o comando de um “Gabinete Institucional de Gestão da Crise” caso o golpe fosse bem-sucedido.
Apesar das evidências robustas, Braga Netto recorreu ao argumento de lealdade a Jair Bolsonaro, afirmando manter os mesmos "valores e princípios" que guiaram sua atuação no governo. A tentativa de desviar a atenção das acusações diretas contrasta com as conclusões da PF, que indicam seu envolvimento em um dos capítulos mais sombrios da história recente do Brasil.
Nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assassinar alguém.
— Braga Netto (@BragaNetto_gen) November 23, 2024
Agora parte da imprensa surge com essa tese fantasiosa e absurda de “golpe dentro do golpe”.
Haja criatividade… pic.twitter.com/PdZalNu5ew