Diretor de colégio militar afastado após alunos cantarem palavras de ódio no Tocantins

Portal Plantão Brasil
22/11/2024 15:14

Diretor de colégio militar afastado após alunos cantarem palavras de ódio no Tocantins

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O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, determinou o afastamento imediato do diretor do Colégio Militar Euclides Bezerra Gerais e de todos os militares envolvidos em uma atividade escolar que viralizou nas redes sociais. No vídeo, estudantes aparecem marchando e cantando versos de ódio, como "se eu não te matar, eu vou te prender". O caso ocorreu no município de Paranã, na região sul do estado.

A atividade, realizada durante uma ação de combate à violência, contou com a participação de equipes da Força Tática da Polícia Militar. Alunos de 11 a 15 anos foram guiados por um policial militar que ditava frases violentas. A Secretaria de Educação do estado informou que instaurou uma comissão de apuração para investigar o episódio e garantir que casos como esse não voltem a acontecer.

Assista ao vídeo nesse link:

Durante a marcha, os estudantes, guiados por um policial militar, cantavam os seguintes versos:

"Tu vai lembrar de mim
Sou taticano maldito
E vou pegar você
E se eu não te matar
Eu vou te prender
Vou invadir sua mente
Não vou deixar tu dormir
E nas infiltrações você vai lembrar de mim"


Segundo uma servidora da escola, o evento foi chamado de “corridão” e incluiu exercícios físicos e cânticos considerados inapropriados. A canção, que fazia menções a matar e prender, foi caracterizada por servidores como “frases de ordem” e repudiada pelo governo estadual.

O governo do Tocantins declarou que o ocorrido está em total desacordo com os valores de respeito e cidadania que devem ser promovidos no ambiente escolar. O governador exigiu rigor na apuração dos fatos e reforçou o compromisso com a formação ética e cidadã dos estudantes nas escolas cívico-militares.

A Polícia Militar também afirmou que iniciou uma investigação preliminar para avaliar a conduta dos envolvidos e garantiu que tomará as medidas cabíveis. Em nota, a corporação destacou que o caso foi uma ocorrência isolada, que não reflete os valores institucionais, e reafirmou seu compromisso com a formação cidadã e a promoção da ética.

O episódio gerou ampla repercussão, com críticas sobre a abordagem adotada durante a atividade escolar. O governo reafirmou seu compromisso em oferecer um ambiente educacional saudável, baseado nos princípios de respeito e disciplina, e destacou a importância de ações que promovam a convivência pacífica e o desenvolvimento integral dos estudantes.

Com informações do G1

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