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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter o acordo de delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, após novas informações sobre a participação do general Braga Netto em articulações golpistas. Cid revelou detalhes sobre uma reunião no apartamento de Braga Netto, onde foi discutida a tentativa de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A delação de Cid estava em risco devido a contradições em depoimentos anteriores, incluindo omissões sobre planos de monitoramento de adversários políticos e possíveis atentados contra Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes. No entanto, os novos elementos apresentados foram considerados fundamentais pela Polícia Federal (PF) para o avanço das investigações.
A reunião no apartamento de Braga Netto, que foi candidato a vice na chapa de Bolsonaro, é peça central nas investigações. O general é um dos 37 indiciados no inquérito que detalha as articulações golpistas e os ataques de 8 de janeiro. A defesa de Braga Netto criticou a divulgação das informações e afirmou que aguardará acesso ao inquérito para se manifestar.
Mauro Cid, preso duas vezes em 2023 por acusações que vão desde fraudes em cartões de vacinação até obstrução de justiça, é considerado peça-chave para desvendar a rede criminosa. Entre as táticas golpistas, foram identificados o uso de chips registrados em nomes falsos e codinomes para coordenar movimentações estratégicas.
Com a delação mantida, Cid continuará colaborando com as investigações que, sob o comando de Moraes, buscam responsabilizar figuras centrais do bolsonarismo por tentativas de desestabilizar a democracia. As revelações fortalecem as denúncias contra Bolsonaro e seus aliados, incluindo líderes militares e políticos.
Este caso representa um avanço significativo na responsabilização dos envolvidos nos atos antidemocráticos, consolidando o compromisso das instituições em proteger o Estado de Direito.
Com informações do Brasil 247
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