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O indiciamento de Jair Bolsonaro pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado e organização criminosa causou pânico entre os bolsonaristas, incluindo Eduardo Bolsonaro. O deputado, que no passado debochou das instituições ao afirmar que “um soldado e um cabo” seriam suficientes para fechar o STF, agora tenta inverter a narrativa e acusa o ministro Alexandre de Moraes de agir por “vingança”.
O relatório de 884 páginas, entregue nesta quinta-feira (21) ao STF, aponta Bolsonaro como líder de uma organização criminosa que planejou impedir a posse de Lula. Outros 36 aliados foram indiciados, incluindo nomes como Braga Netto, Augusto Heleno e Valdemar Costa Neto. Segundo a PF, os crimes incluem golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
Eduardo Bolsonaro reagiu com declarações inflamadas, comparando a atuação de Moraes a um “casal em separação” e afirmando que o ministro estaria “atingindo a democracia”. No entanto, as investigações mostram que a família Bolsonaro esteve diretamente envolvida em ações que atentaram contra a ordem democrática e as instituições do país.
Entre novembro de 2022 e janeiro de 2023, Bolsonaro e aliados orquestraram ações que incluíram a invasão às sedes dos Três Poderes e o monitoramento de adversários políticos. O relatório detalha que a organização contava com núcleos de desinformação, incitação a militares e inteligência paralela, evidenciando uma estrutura planejada para subverter a democracia.
O caso será analisado pela Procuradoria-Geral da República, que decidirá se apresentará denúncia ao STF. Caso sejam condenados, Bolsonaro e os demais indiciados podem pegar penas de até 12 anos por golpe de Estado e 8 anos por abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
A reação desesperada de Eduardo Bolsonaro reflete a gravidade do momento para o bolsonarismo, que enfrenta a desmoralização de sua liderança e o avanço das investigações que buscam responsabilizar os envolvidos nos ataques à democracia brasileira.
Veja a publicação de Eduardo:
Não há racionalidade na vingança. É como aquele casal separando em que ambos os pais utilizam o filho, da pior maneira, a fim de satisfazer seus sentimentos pessoais contra o cônjuge.
— Eduardo Bolsonaro???? (@BolsonaroSP) November 21, 2024
Alexandre de Moraes não atinge Bolsonaro, mas sim a democracia: