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O relatório final da Polícia Federal, com 884 páginas, identifica Jair Bolsonaro como o líder de uma organização criminosa formada por 37 pessoas. Segundo a PF, Bolsonaro atuou diretamente no núcleo de desinformação e permeou por todas as áreas do grupo, que tinha como objetivo central impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
A estrutura criminosa foi dividida em seis núcleos principais: desinformação, incitação a militares, jurídico, operacional, inteligência paralela e cumprimento de medidas coercitivas. Entre novembro de 2022 e janeiro de 2023, o grupo planejou ataques ao processo democrático, incluindo tentativas de assassinato contra Lula, Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes, culminando nos atos golpistas de 8 de janeiro.
" Bolsonaro “permeou por todos os núcleos” da organização criminosa apontada pela investigação.
Os núcleos são:
-Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral;
-Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de Estado;
-Núcleo Jurídico;
-Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas;
-Núcleo de Inteligência Paralela;
-Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas", diz a reportagem da CNN
Figuras de destaque do governo Bolsonaro estão entre os indiciados, como os ex-ministros Braga Netto, Augusto Heleno e Anderson Torres, além de Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin, e Valdemar Costa Neto, presidente do PL. O relatório acusa o grupo de crimes como golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
O documento foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, que repassará à Procuradoria-Geral da República (PGR). Caberá ao procurador-geral Paulo Gonet decidir se apresenta denúncia ao STF, solicita novas diligências ou arquiva o caso. A PGR já indicou que a análise será detalhada e que uma eventual denúncia só deve ocorrer em 2025.
Bolsonaro, inelegível por decisão do TSE, criticou as investigações em suas redes sociais, acusando Moraes de conduzir o inquérito de forma irregular. No entanto, as acusações tornam ainda mais incerto o futuro político do ex-presidente, colocando em risco sua liderança no campo conservador.
O caso representa um marco para as instituições democráticas brasileiras, que enfrentam o desafio de responsabilizar os envolvidos em uma das maiores ameaças ao Estado de Direito na história recente do país.
Com informações do Brasil 247
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