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O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira (21) que o conflito na Ucrânia adquiriu dimensões globais, após ataques com mísseis ocidentais de longo alcance nas regiões de Kursk e Bryansk. Em discurso transmitido em rede nacional, ele confirmou o uso do míssil hipersônico Oreshnik como resposta aos ataques.
Putin enfatizou que a Rússia responderá de forma “decisiva e proporcional” caso a escalada das ações militares continue. Ele afirmou que alvos militares de países que permitem o uso de suas armas contra o território russo poderão ser atacados, garantindo, no entanto, que civis e cidadãos de países amigos serão avisados para deixarem zonas de risco, em um esforço humanitário.
O presidente destacou que não foi a Rússia, mas os Estados Unidos, os responsáveis por destruir o sistema de segurança internacional, acusando os norte-americanos de empurrar o mundo para um conflito global. Putin afirmou que, nos últimos dias, mísseis ATACMS e Storm Shadow foram usados contra alvos russos, com apoio direto dos EUA, o que ele classificou como um sinal de escalada.
Apesar das ameaças, Putin afirmou que a Rússia ainda está disposta a resolver as tensões por meio de negociações pacíficas, embora esteja preparada para qualquer desdobramento do conflito. Ele reforçou que os objetivos da operação militar especial na Ucrânia serão cumpridos e destacou o avanço das tropas russas em várias frentes.
Em meio às tensões, o chanceler russo, Sergei Lavrov, também criticou os Estados Unidos, dizendo que o fornecimento de mísseis de longo alcance à Ucrânia prova a intenção de Washington de intensificar o conflito. A declaração foi feita durante a cúpula do G20, realizada no Rio de Janeiro.
A situação evidencia o risco de uma escalada ainda maior do conflito, com repercussões para o equilíbrio global. Enquanto isso, a Rússia continua a consolidar sua estratégia militar e a responder às pressões do Ocidente com ações enérgicas.
Com informações de Sputnik Brasil.
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