21/11/2024 12:15

Dias Toffoli quebra sigilo de grampo em cela de Youssef e expõe crimes de Moro e Lava Jato

783 visitas - Fonte: Plantão Brasil

A trama por trás da operação lava jato ganhou novos capítulos com a revelação de que, em 2014, delegados da Polícia Federal instalaram um grampo clandestino na cela do doleiro Alberto Youssef. As gravações, feitas sem autorização judicial, foram ocultadas por quase uma década e utilizadas para forjar provas contra presos, incluindo diálogos manipulados para justificar ações da força-tarefa liderada por Sérgio Moro.

O HD com 210 horas de gravações foi escondido na própria 13ª Vara Federal de Curitiba. Durante anos, servidores, procuradores e delegados se uniram para impedir o acesso às provas e encobrir o crime. O material só veio à tona após decisão do ministro Dias Toffoli, que determinou o levantamento do sigilo, revelando detalhes da conspiração.

Segundo as investigações, Moro devolveu o HD à PF sem abrir um inquérito formal, optando por sindicâncias sigilosas controladas exclusivamente pela lava jato. O ex-juiz e hoje senador, ao lado de procuradores como Deltan Dallagnol, articulou manobras ilegais para proteger a operação e impedir que a defesa de Youssef tivesse acesso ao conteúdo das escutas.

Os diálogos captados revelam que presos da operação eram colocados na cela de Youssef para que suas conversas fossem gravadas. O objetivo era produzir provas que justificassem novas ações, incluindo quebras de sigilo e prisões arbitrárias. A estratégia da força-tarefa, agora exposta, demonstra a fragilidade ética e jurídica que sustentou a operação.

Em 2023, Youssef obteve acesso ao HD e solicitou a anulação de sua delação e das condenações. Toffoli destacou a gravidade das irregularidades, comunicando órgãos como o CNJ e o Senado para apurar os responsáveis. A decisão expõe a "relação incestuosa" entre a lava jato, o MPF e Moro, que agiram como uma organização criminosa para manipular a justiça.

Os desdobramentos reacendem o debate sobre os abusos cometidos pela lava jato, colocando em xeque a legitimidade de uma operação que, sob o pretexto de combater a corrupção, agiu fora da lei e destruiu a vida de inúmeros brasileiros.

Com informações do DCM

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