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A operação contragolpe, da Polícia Federal, desvendou um esquema de militares que planejavam assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. A trama envolvia 35 militares, incluindo generais, coronéis e um almirante, com planos de golpe de Estado que contavam com apoio logístico e estratégico de aliados de Bolsonaro.
Entre os principais investigados está o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo do governo Bolsonaro. Mensagens revelam seu descontentamento com o Alto Comando do Exército e a articulação de um suposto "gabinete de crise" para dar suporte ao golpe. Esse grupo seria criado por decreto presidencial e coordenado por aliados como Augusto Heleno e Braga Netto.
Evidências coletadas no celular de Fernandes expuseram conversas explícitas sobre a necessidade de ruptura democrática, incluindo frases como "quatro linhas da Constituição é o c..." e ataques à democracia. Documentos encontrados também revelaram o plano "Punhal Verde e Amarelo", que previa o envenenamento de Lula e atentados contra Moraes.
Outros militares foram implicados na trama. O major Rafael de Oliveira possuía registros de um plano para prender ou executar Moraes, enquanto o tenente-coronel Hélio Lima tinha uma planilha com mais de 200 etapas para implementar a ruptura democrática.
A PF apontou ainda a existência de um núcleo de oficiais de alta patente que discutiam o golpe e influenciavam outros militares. Entre os citados estão o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, e Walter Braga Netto, ex-vice de Bolsonaro, ambos envolvidos em reuniões que planejavam ações golpistas.
Esse escândalo reforça o que já era evidente: o bolsonarismo segue sendo uma ameaça à democracia brasileira. Mas a operação da PF demonstra que o Brasil está reagindo com firmeza, garantindo que aqueles que atentam contra o Estado de Direito não ficarão impunes.
Com informações do DCM
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