295 visitas - Fonte: Plantão Brasil
A gravidade do plano golpista tramado por bolsonaristas vai além de um ataque à democracia: configura um verdadeiro caso de terrorismo de estado. Segundo investigações da Polícia Federal (PF), militares e agentes ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro utilizaram a estrutura do Palácio do Planalto e recursos públicos para planejar assassinatos de líderes nacionais, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O senador Humberto Costa (PT-PE), publicou etrevista do cientista político Fernando Abrucio, que foi enfático ao classificar o caso como "terrorismo de estado". Ele destacou o uso de dinheiro público e da máquina estatal para arquitetar crimes de extrema gravidade. “Mais do que um plano golpista, os bolsonaristas praticaram terrorismo de estado. Eles planejaram assassinatos dentro do próprio Palácio do Planalto e usaram para isso a estrutura do poder e dinheiro público”, disse o cientista.
O cientista político Fernando Abrucio também chamou atenção para a dimensão dos atos criminosos. Ele destacou que essa tentativa de golpe não apenas atacou as instituições democráticas, mas também feriu profundamente os princípios fundamentais do estado de direito.
Investigações expõem detalhes perturbadores
As apurações revelaram que, além de planejarem ações violentas contra lideranças do governo e do Judiciário, os conspiradores usaram instalações oficiais para reuniões e impressões de documentos relacionados ao golpe. O general da reserva Mario Fernandes, preso recentemente, é apontado como um dos principais articuladores, tendo atuado diretamente no Palácio do Planalto durante o governo Bolsonaro.
Penas severas para os envolvidos
Os responsáveis podem ser enquadrados em uma série de crimes, incluindo:
-Abolição violenta do Estado Democrático de Direito (art. 359-L do Código Penal), com pena de 4 a 8 anos de reclusão;
-Formação de organização criminosa (Lei 12.850/2013), com pena de 3 a 8 anos de reclusão;
-Homicídio qualificado tentado (art. 121, §2º, combinado com art. 14 do Código Penal), cuja pena pode chegar a 30 anos;
-Peculato (art. 312 do Código Penal), pelo uso de recursos públicos, com pena de 2 a 12 anos de reclusão.
Os processos já em andamento no Supremo Tribunal Federal podem resultar em condenações exemplares, enviando um recado claro contra qualquer tentativa de subversão do regime democrático.
Reações e reforço das instituições
O senador Humberto Costa reforçou que é fundamental uma resposta contundente do Judiciário. “Os atos praticados não podem ser tratados com indulgência. É preciso que todos os responsáveis sejam severamente punidos para garantir que a democracia brasileira nunca mais seja ameaçada dessa forma.”
A investigação segue em ritmo acelerado, com novas operações previstas para desmantelar completamente a rede golpista. O episódio reforça a necessidade de vigilância constante e do fortalecimento das instituições para proteger o estado de direito no Brasil.
Veja o vídeo:
Mais do que um plano golpista, os bolsonaristas praticaram terrorismo de estado. Eles planejaram assassinatos dentro do próprio Palácio do Planalto e usaram para isso a estrutura do poder e dinheiro público. Vejam o comentário certeiro do cientista político Fernando Abrucio. ?? pic.twitter.com/52JJ8IRjQf
— Humberto Costa (@senadorhumberto) November 20, 2024