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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), assumirá pessoalmente o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, marcado para esta quinta-feira (21), às 14h. O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) está no centro das investigações de uma suposta trama golpista, que envolvia ataques contra o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o próprio Moraes. A audiência ocorre após a prisão de cinco suspeitos nesta semana, incluindo militares de elite.
Mauro Cid, que firmou um acordo de delação premiada em setembro de 2023, enfrenta acusações de omissão e contradições em seus depoimentos. A Polícia Federal (PF) encaminhou um relatório ao STF apontando inconsistências em suas declarações, o que pode comprometer os benefícios do acordo de colaboração. No depoimento mais recente, ele negou qualquer envolvimento ou conhecimento sobre o plano de golpe de Estado, mas investigadores sustentam que há indícios de que ele ocultou informações cruciais.
As investigações mostram que o militar teria participado de discussões no Palácio da Alvorada logo após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022. Em sua delação, Cid afirmou que o ex-presidente sondou comandantes das Forças Armadas sobre a viabilidade de um golpe, mas teria omitido detalhes sobre ações concretas planejadas pelo grupo.
A PF acredita que o plano golpista incluía ataques contra membros do governo e do Judiciário, além do assassinato de figuras centrais como Moraes. As prisões realizadas nesta semana reforçam essa tese e aumentam a pressão sobre Mauro Cid, cuja narrativa está cada vez mais fragilizada diante das evidências.
Caso seja comprovado que Cid omitiu informações ou mentiu, o acordo de delação pode ser anulado, expondo-o a penalidades mais severas. A audiência desta quinta-feira será determinante para esclarecer as contradições e definir o futuro do ex-ajudante de ordens no processo.
Com informações do Brasil 247
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