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A apuração da Polícia Federal sobre o plano de militares bolsonaristas para assassinar o presidente Lula (PT) por envenenamento trouxe de volta à tona as dúvidas em torno da morte do ex-ministro Gustavo Bebianno. Em março de 2020, Bebianno faleceu em circunstâncias consideradas misteriosas por aliados, oficialmente vítima de um infarto em seu sítio em Teresópolis (RJ). À época, o caso não foi aprofundado, mas a revelação do plano de envenenamento reacende teorias sobre possíveis motivações políticas.
Bebianno, que presidiu o PSL e foi uma figura-chave na campanha de Bolsonaro em 2018, havia rompido com o clã após ser exonerado do cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência. O rompimento gerou atritos públicos, com o ex-ministro se tornando um crítico frequente de Bolsonaro. Pouco antes de sua morte, ele planejava disputar a Prefeitura do Rio de Janeiro pelo PSDB e havia declarado temer um golpe de Estado liderado pelo ex-presidente.
Amigos e aliados próximos relataram que Bebianno temia pela própria segurança e dizia possuir documentos comprometedores sobre Bolsonaro, supostamente guardados no exterior. No entanto, o material nunca foi divulgado, alimentando especulações de que sua morte poderia ter relação com essas informações. Conhecido por seu estilo de vida saudável, a morte repentina levantou suspeitas entre aqueles que conviviam com ele.
Na época, a Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu que Bebianno sofreu um infarto fulminante, descartando qualquer hipótese de crime. No entanto, com as investigações recentes da PF sobre o plano de envenenamento contra Lula e outros líderes, as dúvidas voltam a ganhar força, reforçando a necessidade de uma análise mais aprofundada sobre o caso.
Para aliados de Bebianno, o contexto político da época e os novos fatos revelados pela PF indicam que é preciso reavaliar as circunstâncias de sua morte. O silêncio em torno do caso e a omissão de respostas definitivas alimentam as suspeitas de que sua morte possa ter sido mais do que um trágico incidente.
Com informações do Brasil 247
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