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A Polícia Federal revelou que o plano golpista que previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes foi impresso duas vezes no Palácio do Planalto enquanto Jair Bolsonaro ainda estava no poder. Batizado como "Punhal verde e amarelo", o plano começou a ser articulado logo após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022.
De acordo com o relatório da PF, o documento foi impresso pelo general Mário Fernandes, em 9 de novembro e 6 de dezembro de 2022. Em uma das ocasiões, Fernandes levou o documento diretamente ao Palácio da Alvorada, residência oficial de Bolsonaro na época. O plano previa ações de natureza militar clandestina, incluindo a eliminação de líderes e o controle das instituições democráticas.
As investigações indicam que o esquema golpista contava com apoio de militares da ativa e da reserva, ligados ao grupo de elite "kids pretos". O objetivo era não apenas impedir a posse de Lula, mas também promover um golpe de Estado para consolidar o poder nas mãos do núcleo bolsonarista. A PF destacou que a impressão do documento no Planalto demonstra a proximidade dos envolvidos com o ex-presidente e seu círculo mais próximo.
Além da impressão no Planalto, os dados recuperados pela PF confirmam a participação de figuras como o general Mário Fernandes, que atualmente é assessor do deputado Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde. O envolvimento direto de militares de alto escalão e a utilização de instalações oficiais para articulação do golpe reforçam a gravidade do caso.
O plano, segundo a PF, tinha como alvo "neutralizar" Lula e Alckmin por meio de envenenamento ou ataque físico, enquanto Alexandre de Moraes seria eliminado devido ao papel que desempenhou no combate aos atos antidemocráticos. A investigação segue, com novos desdobramentos esperados nos próximos dias.
Com informações do UOL
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