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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, classificou o atentado a bomba em Brasília, ocorrido na quarta-feira (13), como um “ato tipicamente terrorista” e destacou a gravidade do episódio. Em entrevista à CNBC Brasil, Barroso afirmou que o ataque é parte de uma tentativa contínua de desacreditar as instituições democráticas do país. “Foi um ato tipicamente terrorista, que infelizmente se insere numa cadeia que vem de longe, de busca de desacreditar as instituições, ofender as pessoas”, disse o ministro.
Barroso também relembrou os eventos de 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes em Brasília, alertando para os riscos de normalizar tais atos. “Se você naturaliza isso, o próximo que perder [as eleições] pode fazer a mesma coisa, já que foi naturalizado”, afirmou.
O responsável pelo atentado, Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, lançou artefatos explosivos contra o prédio do STF e acabou morrendo quando um dos dispositivos explodiu. Antes do ataque, ele havia publicado mensagens nas redes sociais com críticas aos chefes dos Três Poderes e menções a intenções terroristas. Wanderley tinha um histórico político como candidato a vereador em 2020 pelo Partido Liberal (PL), mas não foi eleito.
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, reforçou que o caso não é isolado e está conectado a outras ações investigadas pela PF envolvendo grupos extremistas no Brasil. “Grupos extremistas estão ativos, e é preciso que atuemos de maneira enérgica, não só a PF, mas todo o sistema de justiça criminal”, declarou Rodrigues.
Com informações do Estado de S. Paulo
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