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Na abertura da cúpula do G20, no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou oficialmente a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Durante o evento, Lula destacou a necessidade de ações globais para enfrentar desigualdades sociais e criticou os gastos com guerras em detrimento do combate à fome. O discurso reafirmou o papel do Brasil como exemplo de superação da pobreza por meio de políticas públicas como o Bolsa Família e o Fome Zero.
Um dos momentos que chamou atenção foi o cumprimento frio e protocolar entre Lula e o presidente argentino Javier Milei, marcado pela ausência de sorrisos ou abraços. A tensão contrasta com os encontros calorosos de Lula com outros líderes, como Joe Biden (EUA) e Emmanuel Macron (França). Diplomatas brasileiros temem que Milei, aliado de Donald Trump, possa criar dificuldades nas negociações da declaração final do G20.
Lula sublinhou que o mundo produz alimentos suficientes para todos, mas 733 milhões de pessoas ainda sofrem com a fome, um reflexo de decisões políticas equivocadas. “A fome não é fruto de escassez, mas de escolhas políticas que perpetuam exclusão”, afirmou. O presidente reforçou que a Aliança Global já conta com a adesão de 81 países e mais de 60 instituições.
Entre os eixos prioritários da presidência brasileira no G20 estão a inclusão social, a transição energética e a reforma da governança global. Lula também alertou sobre os efeitos das mudanças climáticas, o agravamento das desigualdades sociais e a proliferação de conflitos armados, enfatizando a responsabilidade dos países do G20, que representam 85% do PIB global, em liderar essas transformações.
A cúpula segue até terça-feira (19) e terá discussões sobre desenvolvimento sustentável, segurança alimentar e reforma da ONU. Após o encerramento do evento, Lula receberá o presidente chinês Xi Jinping em Brasília, reforçando a importância das relações bilaterais para o Brasil.
Com informações do G1
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