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A Rússia anunciou nesta sexta-feira (15) a imposição de restrições à exportação de urânio enriquecido para os Estados Unidos, aumentando os riscos de desabastecimento para as usinas nucleares norte-americanas, que em 2023 dependeram de importações russas para mais de 25% do material utilizado. A medida é uma retaliação direta às sanções ocidentais, conforme afirmou o presidente Vladimir Putin.
A decisão responde à proibição imposta por Washington às importações de urânio russo, aprovada no início deste ano. Apesar da restrição, o governo norte-americano incluiu exceções que permitem as importações em caso de ameaça ao fornecimento até 2027.
A Rússia, sexto maior produtor de urânio do mundo, detém cerca de 44% da capacidade global de enriquecimento do material. Em 2023, EUA e China foram os principais compradores de urânio russo, seguidos por Coreia do Sul e França. Apenas no ano passado, o país forneceu 27% do urânio enriquecido utilizado por reatores nucleares comerciais nos EUA.
A medida foi oficializada por decreto do governo russo nesta sexta-feira, marcando a primeira ação concreta desde que Putin sugeriu, em setembro, limitar exportações de urânio, titânio e níquel como forma de retaliação às sanções impostas pelo Ocidente.
Enquanto isso, as exportações russas de urânio para os EUA registraram queda de 30% em relação ao ano passado, somando 313.050 quilos até julho. Não está claro se os Estados Unidos continuam importando urânio russo desde a entrada em vigor da proibição, em agosto.
O governo norte-americano investiga um aumento nas importações de urânio enriquecido da China, levantando suspeitas de que as remessas possam estar ajudando Moscou a driblar as sanções e manter sua influência no mercado global de combustível nuclear.
Com informações da Reuters
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