15/11/2024 16:31

Eduardo Bolsonaro tenta desvincular pai de atentado, mas versão não convence

1086 visitas - Fonte: Plantão Brasil

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) divulgou uma nota nesta sexta-feira (15) em que tenta desesperadamente afastar seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, das implicações do atentado com explosivos ocorrido na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na última quarta-feira (13). O ato, que resultou na morte de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, gerou críticas generalizadas à retórica bolsonarista.

Eduardo, que assina a nota como secretário de Relações Institucionais do Partido Liberal, repudiou as tentativas de vincular o atentado a Jair Bolsonaro e à direita brasileira. Segundo ele, tais associações seriam “falsas e oportunistas”, com o objetivo de atrapalhar o andamento do Projeto de Lei da Anistia, que ele considera essencial para a “pacificação nacional”.

Anistia “enterrada” com o atentado

O atentado, no entanto, é visto como o golpe final nas esperanças de aprovação da anistia aos golpistas de 8 de janeiro. A reação entre políticos bolsonaristas evidencia a percepção de que o ataque eliminou qualquer possibilidade de sucesso do projeto. Deputados como Gustavo Gayer (PL-GO) e Capitão Alden (PL-BA) admitiram, em conversas divulgadas, que o episódio “enterrou a anistia”.

O juiz do STF Alexandre de Moraes foi categórico ao reforçar que pacificação só será alcançada com a responsabilização dos envolvidos. “A impunidade vai gerar mais agressividade. A pacificação do país, que é necessária, só é possível com a responsabilização de todos. Não existe possibilidade de pacificação com anistia a criminosos”, declarou Moraes.

Retórica Bolsonarista sob escrutínio

Desde o atentado, a narrativa de Eduardo Bolsonaro tem enfrentado amplo descrédito. Críticos apontam para o histórico de discursos inflamados e antidemocráticos de Jair Bolsonaro, como o famoso vídeo em que o ex-presidente incita sua plateia a declarar: “eu juro dar minha vida pela minha liberdade”. O episódio, resgatado nas redes sociais, é visto como um exemplo da retórica que alimenta ações extremistas.

Apesar das tentativas de desviar o foco, o atentado reforça a necessidade de responsabilização dos líderes que fomentaram o discurso golpista e a radicalização que levaram ao ataque em Brasília.


Com informações da Fórum

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