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O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, afirmou nesta quinta-feira (14) que as explosões em brasília na última quarta-feira (13) resultaram de um “planejamento de longo prazo”, apontando para a atuação de grupos extremistas no país. Francisco Wanderley Luiz, responsável pelo ataque e conhecido como Tiü França, estava na capital desde julho e possuía histórico de envolvimento com movimentos radicais. Segundo Rodrigues, o caso não é isolado e tem conexão com outras ações golpistas investigadas pela PF.
Rodrigues destacou a gravidade do episódio, que culminou na morte do agressor e revelou uma rede de articulação preocupante. A casa alugada por Francisco em ceilândia, região próxima ao local do ataque, tinha mensagens pichadas que remetiam aos atos de vandalismo de 8 de janeiro. “Isso não é um fato isolado, mas parte de uma cadeia de ações que atentam contra o estado democrático de direito e ameaçam as instituições”, afirmou o diretor.
Na coletiva, o diretor detalhou que Francisco utilizava explosivos de alta letalidade e um extintor adaptado para simular um lança-chamas, além de fogos de artifício instalados em seu carro. Ele também havia sido candidato a vereador pelo partido de bolsonaro, o PL, em 2020, e usava redes sociais para propagar ameaças. A PF investiga a origem dos materiais e busca identificar conexões com outras ações extremistas.
Rodrigues destacou a importância de uma resposta firme do sistema de justiça criminal e condenou qualquer tentativa de anistia a terroristas. “Não é aceitável propor anistia para pessoas que atentam contra o estado democrático de direito. Essas ações precisam ser combatidas com rigor”, enfatizou. Ele também anunciou a instauração de inquérito policial e o envio do caso ao STF, classificando o episódio como ato de terrorismo.
Questionado sobre falhas de inteligência, o diretor-geral apontou a necessidade urgente de regulação das redes sociais, destacando como a falta de normas claras facilita a disseminação de discursos de ódio e o planejamento de crimes. “Não podemos mais conviver com esse tipo de ação livremente propagada nas redes. Este episódio trágico deve servir como um alerta para o avanço das discussões sobre a regulação”, afirmou, referindo-se ao projeto de lei das fake news, que está parado na câmara dos deputados.
Para Rodrigues, o caso reforça a necessidade de combater o extremismo com políticas públicas robustas e a cooperação entre instituições. As investigações continuam e prometem desdobramentos nos próximos dias.
Com informações do DCM
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