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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes atribuiu ao governo de Jair Bolsonaro a responsabilidade pelo atentado ocorrido na quarta-feira (13), em Brasília. Durante a sessão plenária desta quinta-feira (14), Gilmar afirmou que o ataque "não é um fato isolado", mas parte de um contexto histórico de estímulo ao ódio e à radicalização política.
“O ocorrido ontem não surgiu de forma espontânea. Ele se insere em um ciclo de desinformação, fanatismo e sectarismo político que foi amplamente incentivado durante o governo anterior”, declarou o ministro, relembrando também os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Segundo ele, o radicalismo político começou a se intensificar durante a campanha de 2018, marcada por fake news, ataques pessoais e uma estratégia deliberada de fomentar a divisão.
Gilmar destacou que “símbolos nacionais foram sequestrados com objetivos eleitorais”, citando o 7 de setembro de 2021, quando Bolsonaro fez discursos de ataque ao STF e incentivou o descumprimento de ordens judiciais. Para o magistrado, essas ações e discursos golpistas, muitas vezes promovidos pelo ex-presidente e seus aliados, ajudaram a criar um ambiente propício para ataques como o de quarta-feira.
O ministro também pontuou que os atos extremistas, como o atentado em Brasília, são "resultado direto" da atuação de lideranças que fomentaram ataques às instituições democráticas e valores fundamentais da República. “Diversos atentados nos últimos anos tiveram como alvo nossas instituições e foram praticados por expoentes da extrema-direita ou por cidadãos inspirados por essas lideranças”, concluiu.
Assista ao vídeo:
"O ocorrido na noite de ontem não é um fato isolado (...). O discurso de ódio, o fanatismo político e a indústria da desinformação foram largamente estimulados no governo anterior", afirma o ministro Gilmar Mendes sobre explosões em Brasília.
— GloboNews (@GloboNews) November 14, 2024
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