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A Corregedoria da Polícia Civil afastou, nesta quarta-feira (13), seis agentes citados no acordo de colaboração firmado pelo empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, delator do PCC, executado na última sexta-feira (8) no Aeroporto de Guarulhos. Entre os afastados estão um delegado e cinco investigadores, incluindo Valdenir Paulo de Almeida, o “Xixo”, e Valmir Pinheiro, o “Bolsonaro”, ambos presos em setembro por envolvimento em corrupção.
As investigações apontam que “Xixo” e “Bolsonaro” receberam R$ 800 mil em propina para interromper uma investigação sobre tráfico de drogas. A dupla é acusada ainda de desviar e vender entorpecentes apreendidos em operações. Gritzbach, em sua delação premiada, revelou a participação de policiais civis ligados ao Deic, ao DHPP e a delegacias das zonas leste e norte de São Paulo em esquemas criminosos que incluíam corrupção e concussão.
Uma das provas que fundamentam o caso é um áudio fornecido por Gritzbach ao Ministério Público. Na gravação, “Xixo” e o advogado Ahmed Hassan, conhecido como Mude, discutem uma recompensa de R$ 3 milhões oferecida pelo PCC para a execução do empresário. Esse material reforçou as acusações contra os envolvidos e levou ao afastamento dos agentes.
Além dos seis policiais civis, ao menos oito policiais militares também foram afastados. Eles estavam responsáveis pela escolta de Gritzbach no momento de sua execução, mas são suspeitos de envolvimento no crime. A Secretaria da Segurança Pública determinou que os agentes citados fossem transferidos para funções administrativas, enquanto os procedimentos disciplinares avançam.
A execução de Gritzbach, realizada em plena luz do dia no Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos, deixou ainda um motorista de aplicativo morto e outras duas pessoas feridas. A Corregedoria da Polícia Civil busca agora o compartilhamento de informações com o Poder Judiciário para aprofundar as investigações e garantir a responsabilização dos envolvidos.
O caso expõe mais uma vez a grave infiltração de elementos criminosos nas forças de segurança do estado, ressaltando a importância de reformas estruturais e maior controle institucional para combater a corrupção e o crime organizado.
Com informações do Brasil 247
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