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O debate sobre o fim da escala de trabalho 6×1 — seis dias trabalhados para um de folga — ganhou força nas redes sociais nos últimos dias e mobilizou ministros do governo Lula a se posicionarem favoravelmente à proposta. A PEC, de autoria da deputada Erika Hilton (PSol-SP), precisa de 171 assinaturas para começar a tramitar na Câmara. Até o momento, o texto já conta com o apoio de 156 deputados, 67 deles do PT.
Entre os ministros que declararam apoio está Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, que afirmou: “Toda iniciativa que melhore a vida da classe trabalhadora terá nosso apoio”. Anielle Franco (Igualdade Racial) reforçou que a pauta é legítima e defendeu a garantia de um descanso digno para melhorar a qualidade de vida e do trabalho. Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) também endossou a proposta, enquanto Geraldo Alckmin, em viagem à COP29, destacou que a redução da jornada é uma tendência global, mas ponderou que a decisão deve ser do Congresso.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, adotou uma posição mais cautelosa. Para ele, a questão deve ser tratada em convenções coletivas, sem necessidade de alteração constitucional. Marinho, no entanto, destacou que a redução para 40 horas semanais seria saudável, desde que decidida em consenso entre empresários e trabalhadores.
A base governista, liderada pelo deputado José Guimarães (PT-CE), tem dado respaldo ao projeto, considerando a mudança uma necessidade urgente para atualizar a legislação trabalhista. O Partido dos Trabalhadores destacou que a redução da jornada sem diminuição de salários sempre foi uma bandeira histórica da sigla, reforçando o protagonismo do partido na mobilização.
Por outro lado, empresários criticam a proposta. Entidades como a Confederação Nacional do Comércio (CNC) alegam que a medida pode provocar demissões em massa. Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI) defende o diálogo entre trabalhadores e empresas como o melhor caminho para ajustes na jornada de trabalho.
Enquanto o debate avança, a proposta se consolida como uma pauta de destaque nas redes e no Congresso, unindo trabalhadores e movimentos sociais em defesa de mais dignidade no trabalho. O governo Lula, apesar de apoiar a discussão, segue com uma postura de cautela sobre a tramitação da PEC.
Com informações do Metrópoles
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