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O governo federal está finalizando um pacote de ajuste fiscal que inclui cortes significativos no Ministério da Defesa. Uma das medidas mais debatidas é a revisão de benefícios concedidos a militares, como a pensão vitalícia para filhas de servidores, o que pode gerar uma economia de até R$ 6 bilhões aos cofres públicos.
Atualmente, o custo com inativos das Forças Armadas subiu de R$ 31,85 bilhões em 2014 para R$ 58,8 bilhões em 2023, representando um aumento de 84,6%, enquanto o rombo no regime de aposentadoria militar saltou de R$ 29,51 bilhões para R$ 49,73 bilhões no mesmo período. Esses números destacam a urgência de medidas para reduzir os déficits fiscais.
Entre as propostas está a possibilidade de revisão das pensões vitalícias para filhas de militares, um benefício que, apesar de restringido para novos integrantes, ainda impacta os cofres públicos. A ideia inclui a devolução de recursos para aqueles que contribuíram com base nesse modelo.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou que o diálogo com todos os setores é essencial para aperfeiçoar o pacote fiscal. “É natural numa democracia que se converse com todos os setores. O que estamos buscando é um aperfeiçoamento do projeto”, afirmou.
Os militares, por sua vez, sinalizaram aceitar mudanças "pontuais" no sistema previdenciário, após o presidente Lula incluir o Ministério da Defesa no esforço para zerar o déficit público.
Com informações do O Globo
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