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A cúpula do G20, marcada para os dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro, discutirá a proposta brasileira de taxação de super-ricos, uma das principais bandeiras da presidência do Brasil no grupo. A medida, apresentada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, visa criar uma fonte de financiamento para combater a desigualdade e enfrentar as mudanças climáticas.
A proposta prevê um imposto mínimo de 2% sobre a renda dos bilionários, com potencial para arrecadar entre US$ 200 bilhões e US$ 250 bilhões por ano, segundo o economista francês Gabriel Zucman, um dos idealizadores. O tributo afetaria cerca de 3 mil pessoas globalmente, incluindo 100 na América Latina. No Brasil, a medida poderia gerar R$ 41,9 bilhões anuais, valor suficiente para triplicar o orçamento do Ministério da Ciência e Tecnologia e multiplicar por dez o do Ministério do Meio Ambiente.
Apesar do amplo apoio de países como França, Colômbia e África do Sul, a proposta enfrenta resistência de nações como Estados Unidos e Alemanha. Desde fevereiro, o governo brasileiro intensificou as negociações para ampliar a adesão à ideia. O tema ganhou destaque em reuniões anteriores do G20 e é considerado um marco na agenda global de tributação e combate à desigualdade.
Paralelamente, o Brasil criou o G20 Social, que reúne organizações civis e acadêmicos para discutir temas como combate à fome e desenvolvimento sustentável. O relatório final do G20 Social será apresentado na cúpula e inclui a taxação de super-ricos como uma de suas principais recomendações.
Com informações da Agência Brasil
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