8/11/2024 14:18

General Santos Cruz e filho são interrogados pela PF em caso de espionagem ilegal

586 visitas - Fonte: Plantão Brasil

A Polícia Federal (PF) avançou na investigação sobre o uso do software espião FirstMile, adquirido pela Abin durante o governo Bolsonaro, para monitorar ilegalmente opositores, membros do Judiciário e jornalistas. O general Carlos Alberto Santos Cruz, ex-ministro de Bolsonaro, e seu filho, Caio Santos Cruz, foram interrogados sobre o caso e suas conexões com empresários israelenses que forneceram a ferramenta.

As investigações apontam que Caio, representante da empresa israelense Cognyte, facilitou encontros entre a família Bolsonaro e os israelenses antes da posse do ex-presidente. O software, adquirido ainda no governo Temer por R$ 5,7 milhões, teria sido utilizado para criar uma estrutura clandestina de inteligência, articulada por Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente.

O general foi questionado pela PF sobre o envolvimento de Carlos Bolsonaro no suposto plano de criar uma "Abin paralela". A ideia já havia sido mencionada por Gustavo Bebianno, ex-ministro de Bolsonaro, em entrevista ao programa Roda Viva. Bebianno, que morreu em 2020, afirmou que Carlos alegava desconfiança na Abin oficial e planejava montar um núcleo com agentes de confiança.

A Operação Última Milha, que investiga a “Abin paralela”, teve como alvo Carlos Bolsonaro em janeiro deste ano. Segundo a PF, o vereador integrava o núcleo político da rede clandestina e tinha acesso a dados sigilosos, com a colaboração de Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin e atual deputado federal. Em julho, a quarta fase da operação revelou que a rede produziu ataques falsos contra o senador Alessandro Vieira (MDB-RS), crítico de Carlos na CPI da Covid-19.

As investigações sugerem que a estrutura clandestina também foi usada para proteger os filhos de Bolsonaro, desestabilizar o sistema eleitoral, disseminar desinformação e monitorar ilegalmente autoridades, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal. A PF segue apurando as responsabilidades e o possível envolvimento de outros integrantes do governo Bolsonaro.

Com informações do Brasil 247

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