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Pablo Marçal, ex-candidato de extrema-direita à Prefeitura de São Paulo, prestou depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira (8) sobre o uso de um laudo falso contra Guilherme Boulos (Psol) nas eleições municipais. A perícia confirmou que a assinatura do médico José Roberto de Souza, falecido em 2022, era falsificada. O documento, divulgado por Marçal em suas redes, foi usado para atacar a candidatura de Boulos.
A filha do médico, Aline Garcia Souza, desmentiu qualquer vínculo de seu pai com a clínica citada no laudo e repudiou o uso indevido de seu nome. "Meu pai foi uma pessoa íntegra. Isso é um desrespeito à memória dele", declarou. A perícia revelou que a assinatura usada no documento não era autêntica e destacou a necessidade de novas análises para verificar possíveis adulterações digitais.
A Justiça Eleitoral agiu rapidamente, determinando a remoção do conteúdo das redes sociais e suspendendo os perfis de Marçal no Instagram. Além disso, o ministro Alexandre de Moraes ordenou que ele prestasse depoimento devido ao descumprimento de restrições ao uso da plataforma X (antigo Twitter). A campanha de Boulos acionou a Justiça pedindo a cassação da candidatura de Marçal e outras punições.
A defesa de Boulos argumenta que o uso de fake news por Marçal foi uma tentativa clara de manipular o eleitorado com informações falsas. A família do médico falecido também entrou com uma ação judicial contra Marçal, alegando desrespeito à memória do profissional.
O episódio reforça como a extrema-direita, alinhada ao bolsonarismo, segue utilizando mentiras e fraudes para atacar adversários e desestabilizar processos democráticos. O caso é mais um exemplo do nível de desinformação promovido por setores que ainda tentam minar o governo Lula e seus aliados.
Com informações do g1
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