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O ex-coach e influenciador Pablo Marçal (PRTB), que ficou em terceiro lugar na disputa pela Prefeitura de São Paulo, está em negociação com o União Brasil visando a eleição presidencial de 2026. Essa movimentação coloca Marçal em um potencial confronto político com Ronaldo Caiado, atual governador de Goiás e nome forte do partido para a mesma disputa. Apesar da possível concorrência interna, Caiado já indicou que não bloquearia a filiação de Marçal, ainda que mantenha firme sua própria pré-candidatura ao Planalto.
As conversas foram confirmadas pelo próprio Marçal e pelo presidente do União Brasil, Antonio Rueda, que destacou que qualquer candidatura do ex-coach dependerá de sua filiação ao partido. No entanto, segundo Rueda, o nome de Caiado ainda é o escolhido pelo União Brasil. Um aliado do PRTB sinalizou que a filiação de Marçal ao partido poderia ocorrer no início de 2024.
Tanto Marçal quanto Caiado têm um histórico de distanciamento de Jair Bolsonaro (PL). Marçal, em especial, já chegou a pedir que o ex-presidente devolvesse doações de campanha feitas por ele e recentemente voltou a criticar Bolsonaro. Ele afirmou que o ex-presidente deveria “cuidar da vida”. Nos últimos meses, Marçal tem direcionado seu foco para a corrida presidencial, aparecendo com 18% das intenções de voto em uma pesquisa da Genial/Quaest, tecnicamente empatado com Tarcísio de Freitas (15%) e atrás apenas de Lula, que lidera com 32%.
A possível entrada de Marçal no União Brasil, no entanto, enfrenta resistência. Leonardo Avalanche, presidente do PRTB, alertou que essa decisão poderia tornar Marçal refém dos “caciques” do União Brasil e comprometer seu crescimento no partido. Avalanche ressaltou que o PRTB considera Marçal como o candidato ideal para 2026, incentivando-o a permanecer na sigla.
No entanto, Marçal enfrenta questões jurídicas sérias. Na reta final da campanha para a Prefeitura de São Paulo, ele divulgou um laudo médico falso acusando Guilherme Boulos (PSOL) de ser usuário de drogas, o que gerou cinco inquéritos na Polícia Federal e processos na Justiça Eleitoral. Caso condenado, Marçal pode enfrentar até oito anos de inelegibilidade, o que comprometeria sua candidatura para 2026.
Desde a fase de pré-campanha para a prefeitura, Marçal buscava o apoio do União Brasil. Contudo, o partido apoiou Ricardo Nunes (MDB), que acabou vencendo a eleição. Marçal recebeu 28,14% dos votos e ficou em terceiro lugar, próximo de Nunes e Boulos. Apesar do bom desempenho, Marçal descartou futuras candidaturas para a prefeitura ou o Legislativo e deixou claro que, caso volte a disputar, será para o governo estadual ou a presidência.
Com informações do DCM
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